A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou preocupação de que a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS possa comprometer as investigações policiais em andamento sobre as fraudes bilionárias nos descontos de aposentadorias e pensões.
Ela argumenta que o ambiente de "exploração política" inerente a uma CPMI poderia interferir no sucesso da investigação policial, levando a vazamentos de informações e outras obstruções. A prioridade do governo, segundo a ministra, é punir os responsáveis, ressarcir as vítimas e aprofundar as investigações até as origens dos crimes, o que já está sendo feito pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Outros membros do governo também manifestaram receios de que a CPMI possa impactar o calendário de ressarcimento das vítimas.
Por outro lado, a oposição e até mesmo alguns membros da base governista defendem a CPMI como um instrumento necessário para que o Congresso Nacional também conduza uma investigação paralela e aprofundada sobre as fraudes, buscando entender como o esquema ocorreu, quem permitiu e quem se beneficiou. Eles argumentam que a CPMI pode trazer mais transparência ao processo e garantir que todos os responsáveis sejam responsabilizados, inclusive em governos anteriores, já que as fraudes podem ter se iniciado há mais tempo.